domingo, 7 de novembro de 2010

Inversão de gabarito pode prejudicar enem

Estudantes deverão acessar o site do Enem para requerer correção da prova de forma distinta próxima semana
A folha de respostas entregue aos candidatos que realizaram a primeira etapa do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) não possuía a mesma ordem numérica da prova aplicada na tarde de ontem.

Enquanto no caderno de questões os primeiros itens eram de ciências humanas, no gabarito a primeiras opões a serem marcadas correspondiam a ciências da natureza.

A inversão causou confusões durante toda a realização do Enem, que teve cerca de 3,5 milhões presentes nos locais de prova em todo o País. No Ceará foram 207.465 inscritos. Em Fortaleza, logo após o término do exame, alguns estudantes reuniram-se em um cursinho pré-vestibular para relatar os erros e orientações distintas dadas em seus locais de prova.

Em algumas salas a instrução dada pelos fiscais era de que ignorassem a ordem numérica e seguissem a ordem proposta do gabarito. Já em outras salas, os conselhos eram de que os alunos deviam fazer como entendessem. Deste modo, a marcação dos gabarito seguiu de forma diferente para cada candidato, em consequência de um possível erro de impressão. "Isso é motivo suficiente para que muitos estejam, desde já, sentindo-se prejudicados", disse a estudante Nathalya Tavares, que respondeu ao gabarito sem seguir a numeração de pergunta e respostas. Ela preferiu marcar a 46ª questão da prova, na 1ª questão do gabarito e seguir a ordem decrescente, ao invés de seguir no gabarito a mesma ordem numérica apresentada na prova.

Em entrevista coletiva dada ontem à noite e transmita pelo Jornal Nacional, o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Joaquim Soares Neto, afirmou que o problema ocorrido foi o de impressão, que todos os fiscais foram orientados. Ele informou que os estudantes que tenham sido prejudicados deverão acessar o site do Exame Nacional do Ensino Médio (www.enem.inep.gov.br) - para fazer o requerimento, em um espaço que será disponibilizado na próxima semana.

Além do problema dos gabaritos, em Fortaleza, foram observados vários outros erros durante a realização das provas. Quem recebeu a prova amarela percebeu que havia repetição de questões. Os itens 25º e 61º apareceram por mais de uma vez no mesmo caderno de questões. A proibição do uso de relógio, celulares, lápis e borrachas também foi motivo de confusão. Em uma sala do campus Itapery da Universidade Estadual do Ceará (Uece), candidatos entraram usando aparelhos celulares, que chagaram a tocar durante a realização da prova, mas ninguém foi excluído do certame. No mesmo local, candidatos deixaram a sala com o caderno de questões antes da quatro horas de realização do exame, relataram estudantes.

O diretor de um dos cursinhos pré-vestibulares entende que mesmo que haja a possibilidade de emitir reclamação pela Internet, o resultado causará enormes transtornos porque, após correção das provas, é possível que candidatos se beneficiem do erro de impressão.

Motivo de anulação

Na opinião do procurador geral da República, Oscar Costa Filho, somente o fato dos comando das questões estarem trocados já induz o aluno ao erro, "e esse motivo já é suficiente para que se anule a prova". Segundo o procurador, o que ocorreu ontem, nas provas do Enem, é caracterizado como um erro de direito, e por esse motivo basta a apresentação do documento para comprová-lo, ou seja, a prova de comando errado.

"Quando o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Joaquim José Soares Neto, afirma que houve orientação para que os estudantes seguissem rigorosamente a numeração das provas, ele tenta a mascarar o erro de direito, como se fosse um erro de fato. Porém é claro que a instituição foi quem errou, justamente ao dar o comando errado na hora de determinar o preenchimento do gabarito", explicou.

Com relação a solução apresentada por Soares Neto de abrir um espaço, no site, a partir da semana que vem, para que os alunos que se sentirem prejudicados possam abrir um requerimento, o procurador disse que "essa atitude confere ao aluno o poder de arbitrar a sua nota. E para ser um processo justo é necessário a anulação".

JANAYDE GONÇALVES E THAYS LAVORREPÓRTERES

Fonte: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=880852

Um comentário:

Felipevinícius 2E PJS disse...

QUESTÃO 7R= é o estudo transdisciplinar entre biologia, medicina, filosofia (ética) e direito (biodireito) que investiga as condições necessárias para uma administração responsável da vida humana, animal e responsabilidade ambiental. Considera, portanto, questões onde não existe consenso moral como a fertilização in vitro, o aborto, a clonagem, a eutanásia, os transgênicos e as pesquisas com células tronco, bem como a responsabilidade moral de cientistas em suas pesquisas e suas aplicações. QUESTÃO 8R= Na minha humilde pinião sim , poís do valeria esses avanços sem o alavancar da filosofia.