quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Educação: Ceará abaixo da média nacional

No ranking do Nordeste, o Estado ocupa o quarto lugar, ficando atrás da Paraíba, Bahia e Pernambuco
Alunos do Ceará ficaram abaixo da média nacional entre os 20 mil brasileiros que participaram do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) em 2009. Os cearenses atingiram 376 pontos. Já a média nacional foi de 401 pontos. Os resultados foram divulgados, ontem, pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). No ranking brasileiro, o Estado não se encontra em situação confortável, tendo ficado em 18º lugar.

Ao levar em consideração a região Nordeste, o Ceará ocupa o quarto lugar, atrás de estados como Paraíba, Bahia e Pernambuco. Norte e Nordeste obtiveram resultados inferiores que Sul e Sudeste. De acordo com o ministro da Educação, Fernando Haddad, as desigualdades entre os Estados são reflexos do baixo investimento em educação realizado pelos governos nortistas e nordestinos. Muito recentemente é que condições estão sendo dadas para que os Estados possam formular políticas educacionais consistentes.

Apesar de o Brasil está entre os três países que alcançaram a maior evolução no setor educacional na última década, segundo o Pisa, ainda ocupa os últimos lugares no ranking internacional. Do total de 65 países que participaram do programa, os alunos brasileiros ficaram em 53º em Ciências e Português e em 57º em Matemática.

Matemática
A nota de Matemática ainda é a mais baixa, apesar de ter sido o componente que registrou mais melhorias no desempenho dos alunos. A prova é aplicada a cada três anos pela OCDE e avalia o conhecimento de estudantes de 15 anos de idade em Matemática, Leitura e Ciências. O País obteve a média de 401 pontos, entre as três provas. O Brasil participa do Pisa desde 2000, quando a média foi de 368 pontos.

A avaliação confirmou ainda que o desempenho dos alunos da rede pública é inferior ao de estudantes de instituições privadas. No primeiro caso, a média alcançada foi de 387 pontos contra 502 pontos do segundo.

O mestre em Educação Marco Aurélio de Patrício Ribeiro destaca que o programa não pode ser tratado como algo absoluto, apesar de ser válido. “Ele não avalia os investimentos em docentes e o relacionamento entre aluno e professor, por exemplo, pontos importantes”.

Lina MoscosoRepórter


Fonte: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=898523 

Nenhum comentário: